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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Copo vazio
(Gilberto Gil)

É sempre bom lembrar
Que um copo vazio
Está cheio de ar.

É sempre bom lembrar
Que o ar sombrio de um rosto
Está cheio de um ar vazio,
Vazio daquilo que no ar do copo
Ocupa um lugar.

É sempre bom lembrar
Guardar de cor que o ar vazio
De um rosto sombrio está cheio de dor

É sempre bom lembrar
Que um copo vazio
Está cheio de ar
Que o ar no copo ocupa o lugar do vinho,
Que o vinho busca ocupar o lugar da dor.
Que a dor ocupa metade da verdade,
A verdadeira natureza interior.

Uma metade cheia, uma metade vazia.
Uma metade tristeza, uma metade alegria.
A magia da verdade inteira, todo poderoso amor.
A magia da verdade inteira, todo poderoso amor.

É sempre bom lembrar
Que um copo vazio
Está cheio de ar.
"Um dia, quando encerrar a peça da existência no pequeno palco de um túmulo diante da platéia em lágrimas, não quero que digam que ali jaz um homem famoso ou inteligente, mas um ser humano que aprendeu um pouco a vender sonhos para uma sociedade que deixou de sonhar."
(A. Cury, em O vendedor de sonhos)
"Todos temos uma criança alegre, curiosa, vivaz, dentro de nós, mas poucos a deixam respirar.
Envelhecemos rapidamente no único lugar em que deveríamos sempre ser jovens."
(A. Cury, em Revolucione sua qualidade de vida)